Distrito Federal

All Out projeta ‘Somos LGBT+ e vamos resistir’ em prédios da Esplanada; veja imagens

Intervenção foi feita na paredes do Congresso, do Ministério dos Direitos Humanos e de muro próximo à Catedral, na noite de quarta.

Projeção 'Somos LGBT+ e vamos resistir' em prédio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, em Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)
Projeção ‘Somos LGBT+ e vamos resistir’ em prédio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, em Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)
Prédios da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, receberam projeções com mensagens de apoio à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na noite desta quarta-feira (2).

Frases como “Somos LGBT+ e vamos resistir” iluminaram, durante 10 minutos, o Congresso Nacional, um muro na S1 próxima à Catedral Metropolitana e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

A ação foi organizada por ativistas da organização All Out. O grupo desenvolve campanhas em defesa dos direitos LGBT e contra a criminalização de orientações sexuais e identidades de gêneros – que ainda ocorre em 70 países.

Após a projeção no Congresso Nacional, o ato foi finalizado com a chegada da Polícia Legislativa, conforme informou a gerente de campanhas da All Out no Brasil, Ana Andrade.

“Como era um protesto pacífico, decidimos encerrar. Demos nosso recado de resistência.”

‘Não estão sozinhos’

Projeção da ONG All Out, de defesa dos direitos da população LGBT, no Congresso Nacional, em Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)
Projeção da ONG All Out, de defesa dos direitos da população LGBT, no Congresso Nacional, em Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)

Segundo o diretor de programas da organização, Leandro Ramos, as projeções buscam mostrar que pessoas LGBT “não estão sozinhos”. As frases foram projetadas um dia após a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“O Brasil é um país extremamente violento para pessoas LGBT+. Com um presidente que diz preferir um filho morto a um filho gay, as perspectivas obviamente não são boas”, diz Ramos, em material divulgado pela ONG.

De acordo com dados da associação Grupo Gay da Bahia (GGB) – entidade que se dedica a fazer levantamentos sobre a violência contra pessoas LGBT –, o Brasil registrou 126 crimes violentos contra essas pessoas entre janeiro e abril do ano passado.

Isso significa que, nesse período, a cada 19 horas, uma pessoa LGBT foi agredido ou assassinado no país. Segundo a entidade, 52% dos homicídios contra LGBTs no mundo ocorreram em solo brasileiro.

Mensagem 'Somos trans e vamos resistir' em tapume próximo à Catedral de Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)
Mensagem ‘Somos trans e vamos resistir’ em tapume próximo à Catedral de Brasília. (Foto: All Out/Divulgação)

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