Minas Gerais

Mais de 50 casais do mesmo sexo celebram união em ‘casamentaço’ em BH

Fernada Takai e outros artistas presentearam noivos e noivas com show.

Em defesa dos direitos LGBT, casais dizem sim em 'casamentaço' em BH. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
Em defesa dos direitos LGBT, casais dizem sim em ‘casamentaço’ em BH. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
Antônio Esteves, de 35 anos, e Cauê Rocha, de 31, vão se casar no cartório no início do ano que vem. Mas, neste domingo (16), anteciparam a comemoração da união, que começou há cerca de dois anos. A cerimônia realizada em Belo Horizonte não foi apenas um casamento; foi um “casamentaço”. O arquiteto e o designer disseram “sim” ao lado de outros mais 50 casais. Além do amor, os noivos e noivas partilham um ideal: a defesa da manutenção dos direitos dos casais do mesmo sexo.

No mês passado, o Senado abriu uma consulta pública sobre um projeto que pretende sustar os efeitos da resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que dispõe sobre a habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo.

Antônio Esteves, de 35 anos, e Cauê Rocha, de 31, estão juntos há dois anos e vão se casar no civil no início do ano que vem. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
Antônio Esteves, de 35 anos, e Cauê Rocha, de 31, estão juntos há dois anos e vão se casar no civil no início do ano que vem. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)

Diante disso, um grupo de amigos e ativistas LGBT em Belo Horizonte teve a ideia de se posicionar contra o preconceito de pessoas conservadoras, celebrando o amor. Filipe Costa é um dos integrantes desse coletivo, que foi batizado de “Casamentaço”. Ele explica que toda a cerimônia foi realizada de forma colaborativa e contou com inúmeros voluntários, a exemplo da cantora Fernanda Takai, que presenteou os noivos com um show.

As redes sociais foram aliadas para fazer a cerimônia acontecer. Foi por meio da internet que os casais e mais de 400 voluntários que abraçaram a ideia do coletivo se inscreveram para participar do grande dia. Em uma plataforma online, parte do dinheiro para custear a cerimônia – cerca de R$ 20 mil – foi arrecadada.

A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)

A internet também foi marcante na história de Antônio e Cauê. Há cerca de dois anos, eles se conheceram pelo Instagram. Um em Belo Horizonte e o outro em São Paulo, eles ficaram mais de um ano se relacionando à distância, até que, há cerca de nove meses, Cauê se mudou para capital mineira.

A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)

Para ele, a importância do “casamentaço” está em sua representatividade para os casais. “O que eu acho muito simbólico é que ninguém acredita muito no que está acontecendo. A gente nunca se sentia homenageado pelo que a gente realmente é. A gente pode existir até certo ponto, e, desse certo ponto pra frente, tem que pisar em ovos. A importância é a representatividade, mostrar que os LGBTs existem, dar sensação de pertencimento para toda comunidade. Fortalece a gente como indivíduo e como família”, disse.

A cerimônia foi inter-religiosa e contou, por exemplo, com um pastor, um pai de santo e também com militantes da causa trans. “É a cara de como a gente LGBT encara as coisas. De uma forma mais plural, com respeito pela diversidade”, afirmou Antônio.

Um dos integrantes do coletivo Felipe Costa contou que a cerimônia foi linda, bem política e ao mesmo tempo muito poética. “Teve uma pluralidade de discursos. Foram várias figuras de religiões diferentes e cada um deles deixou uma mensagem para uma ideia resistência, de coletividade. Ficou muito claro que o que estava acontecendo era um rito em prol da união de forças”, disse Costa.

A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Luiz Rocha/Reprodução/Mídia NINJA)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Reprodução/TV Globo)
A cerimônia foi realizada de forma colaborativa por voluntárias, voluntários e empresas parceiras. (Foto: Reprodução/TV Globo)

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