Política

Bolsonaro diz que homofobia é “coitadismo” e volta divulgar fake news do “kit gay”

Em entrevista, candidato diz que "tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense".

Bolsonaro promete fim do “coitadismo” de LGBTs, além de negros, mulheres e nordestinos
Em entrevista, candidato diz que “tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense”. (Foto: Dida Sampaio/Estadão)
Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, prometeu acabar com o “coitadismo” de alguns grupos da sociedade, incluindo a população LGBT.

A entrevista para a TV Cidade Verde, do Piauí, foi concedida do seu apartamento no Rio de Janeiro ao jornalista Joelson Giordani no sábado (20) e divulgada nesta terça-feira (23).

Diante de uma pergunta sobre violência dentro das escolas, Bolsonaro voltou a falar mentiras sobre o “kit gay”, afirmando que Haddad é o criador do programa..

O projeto ‘Escola sem Homofobia’, chamado de ‘kit gay’ pelos homofóbicos, que, por sua vez, estava dentro do programa Brasil sem Homofobia, do governo federal, em 2004, era voltado à formação de educadores, e não tinha previsão de distribuição do material para alunos. O programa não chegou a ser colocado em prática.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a remoção de vídeos no Facebook e Youtube em que o candidato do PSL diz que PT teria distribuído, por meio do Ministério da Educação (MEC), o livro “Aparelho Sexual e Cia” como parte do programa.

Em sua decisão, o ministro substituto do TSE Carlos Horbach destacou que o MEC “já registrou, em diferentes oportunidades, que a publicação em questão não integra a base de livros didáticos distribuídos ou recomendados pelo Governo federal”. Em 2013, por exemplo, a pasta já havia dito que a “informação sobre a suposta recomendação é equivocada e que o livro não consta no Programa Nacional do Livro Didático/PNLD e no Programa Nacional Biblioteca da Escola/PNBE”,.

“Coitadismo”
Quando o jornalista aponta que “o preconceito existe e precisa ser combatido”, Bolsonaro afirma que quando era pequeno “não tinha essa história de bullying, o gordinho dava pancada em todo mundo, hoje o gordinho chora”.

Ele completa que “não tem que ter uma política” específica e faz a listagem: “Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso”.

O candidato já foi registrado em vídeo se classificando como “homofóbico, com muito orgulho” e já disse que preferia ter um filho morto a um filho ou filha LGBT, entre outras declarações homofóbicas ao longo de sua carreira, como que crianças LGBT deveriam apanhar.

Veja a entrevista completa. Aos 11:10 ele fala sobre o assunto:

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