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Nova York tem manifestação após assassinato de jovem gay

Mark Carson levou tiro na madrugada de sábado no Greenwich Village.
Polícia afirmou que agressão ocorreu porque a vítima era gay.

Da AFP

Memorial em homenagem a Mark Carson nesta segunda-feira (20) no local do crime (Foto: AFP)Memorial em homenagem a Mark Carson nesta segunda-feira (20) no local do crime (Foto: AFP)

Associações de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais realizam na tarde desta segunda-feira (20) uma marcha em Nova York para denunciar o assassinato de um jovem gay, ocorrido no fim de semana.

O crime foi cometido no meio da rua, no Greenwich Village, área residencial na zona oeste de Manhattan.

Mark Carson, de 32 anos, foi assassinado com um tiro disparado por Elliot Morales, de 33 anos, na madrugada de sábado. Antes, Morales havia feito insultos homofóbicos a Carson e ameaçado de morte um amigo da vítima.

“Está claro que a vítima foi assassinada somente porque o agressor pensava que ela era gay”, declarou no domingo o chefe da polícia de Nova York, Ray Kelly, insistindo que Carson não provocou Morales.

O crime causou grande comoção na comunidade LGBT nova-iorquina, especialmente porque foi cometido em um bairro de Manhattan conhecido por sua tolerância e por ser o berço do movimento pelos direitos LGBT.

A organização “The Center”, de defesa de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, convocou uma manifestação para a tarde desta segunda-feira para “pedir o fim dos crimes de ódio contra a comunidade e lamentar a morte de Mark Carson”.

A presidente do conselho municipal e candidata a prefeita, Christine Quinn, de 46 anos e lésbica, estará presente na marcha, que terminará no local onde Mark Carson foi assassinado, na esquina da Sexta Avenida com a Rua 8.

“Nova York é nossa cidade e não retrocederemos”, disse a presidente do “Center”, Glennda Testone.

O autor do crime foi detido logo depois do incidente e foi acusado formalmente ainda no domingo.

Os direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais estão há meses no centro do debate nos Estados Unidos.

No total, doze estados, três deles nas últimas semanas, autorizaram o casamento igualitário: Minnesota, Delaware, Rhode Island, Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Vermont, Nova York, Iowa, Maryland e Washington.

A capital federal americana, embora não seja um estado, também legalizou o casamento para pessoas do mesmo sexo.

A proibição constitucional permanece, no entanto, em 31 estados do país, enquanto se espera que a Suprema Corte dos Estados Unidos decida em junho se a Lei de Defesa do Matrimônio (DOMA), a norma federal que reconhece o casamento apenas como a união entre um homem e uma mulher, é ou não constitucional.

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