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Filha de Raúl Castro lidera Parada LGBT em dia de luta contra homofobia

Sexóloga Mariela Castro liderou marcha pelas ruas de Cienfuegos, Cuba.
Ato é parte de jornada contra homofobia, que ocorre até o fim do mês.

Da France Presse

A sexóloga Mariela Castro, sobrinha de Fidel, lidera marcha contra homofobia em Cienfuegos, Cuba (Foto: AFP)A sexóloga Mariela Castro, sobrinha de Fidel, lidera marcha contra homofobia em Cienfuegos (Foto: AFP)

Centenas de LGBT cubanos participaram nesta quinta-feira (17) de um desfile pelo dia internacional da luta contra a homofobia na cidade de Cienfuegos, no centro-sul da ilha, liderado pela sexóloga Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro.

“Abaixo a homofobia!”, gritaram cerca de 400 participantes do desfile no Passeio do Prado de Cienfuegos, 250 km a sudeste de Havana, que levantavam uma gigantesca bandeira do arco-íris.

“O silêncio também é violência”, “minha filha nasceu homem e quero que seja feliz” e “a homossexualidade não é um crime, a homofobia sim”, eram algumas das frases lidas nos cartazes levantados por ativistas LGBTs, alguns segurando a bandeira colorida, diante do olhar dos passantes.

A marcha faz parte do programa da Quinta Jornada Nacional Contra a Homofobia, que começou em 8 de maio e ocorrerá até o fim do mês, organizada pelo Centro Nacional de Educação Sexual, dirigido por Mariela Castro, impulsionadora da luta contra a homofobia na ilha.

Em Cienfuegos, conhecida como a “Pérola do Sul” e considerada uma das cidades mais belas de Cuba, as atividades incluem também uma festa pela diversidade sexual.

Mariela Castro também liderou no sábado uma “conga” (dança popular cubana, de origem africana) contra a homofobia em Havana, da qual participaram centenas de ativistas LGBTs, alguns fantasiados de bailarinas de cabaré.

A filha de Raúl Castro, que tem visto dos Estados Unidos para participar de um encontro acadêmico em São Francisco no fim do mês, defende que o Parlamento cubano legalize este ano as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A homossexualidade, tradicionalmente estigmatizada em Cuba, foi reprimida após a vitória da revolução de Fidel Castro em 1959, com internações em campos de trabalho nos anos 1960 e com a marginalização durante o “quinquênio cinza” dos anos 1970.

Raúl Castro, que sucedeu no comando seu irmão doente Fidel em 2006, apoia os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, segundo disse sua filha no sábado.

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