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Com bandeira trans, Pussy Riot faz show com protesto no South by Southwest

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Com bandeira trans, Pussy Riot faz show com protesto no South by Southwest
Foto: Fabrício Vitorino/Globo.comPussy Riot toca no festival South By Southwest.

O show do Pussy Riot nesta terça-feira (13) era uma das atrações mais esperadas do South by Southwest, festival de tecnologia e cultura que acontece em Austin, nos Estados Unidos. Primeiro, pela óbvia razão de ser um grupo ativista russo se apresentando no coração dos EUA em meio a uma guerra de ciberinformação.

“Eu peguei esse microfone para acordar todos vocês”, diz Nadiéjda Tolokónnikova, já que Maria Alióhina e Iekaterína “Katia” Samusévitch deixaram o grupo meses atrás. Uma bandeira do movimento trans com a frase “Pussy is the new dick” é colocada sobre o painel do South by Southwest.

Logo, a vocalista sobe ao palco, usando balaclava, casaco esportivo e calça branca, com uma meia verde e uma camisa com os dizeres “hardcore”.

“Nós estamos cobrindo o painel de patrocinadores com nossa bandeira. Afinal, o que é mais importante para vocês: a arte ou o dinheiro?”, pergunta Nádia, com sua voz frágil. A plateia, claro, não hesita: “A arte”.

É a deixa para Chelsea Manning, a transexual norte-americana passou anos na prisão após divulgar documentos confidenciais ao WikiLeaks, subir ao palco e lembrar dos presos políticos vítimas de julgamentos tendenciosos ao redor do mundo. “Precisamos lembrar de todos eles. Toda solidariedade aos presos políticos em todos os lugares”.

Assim começa o show do Pussy Riot. Com uma mistura de batidas Techno, com toques de trance, levadas étnicas russas e samples de bandas de punk rock. As letras são misturas nonsense de palavras em russo e em inglês – idioma que Nádia já domina com absoluta precisão, após ter fixado residência em Nova York.

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