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Em Brasília, aluno é agredido em sala após ser alvo de piada homofóbica

Gay1 DF
Em Brasília, aluno é agredido em sala após ser alvo de piada homofóbica
Foto: Reprodução/WhatsAppO caso ocorreu no Caseb da Asa Sul e é investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente.

Um aluno do Caseb, da 909 Sul, foi agredido na última terça-feira (24/10) por um colega. Segundo o adolescente, de 15 anos, o colega o atingiu com uma cadeira enquanto ele mostrava um exercício para a professora. O garoto afirma que vinha sofrendo bullying desde o início do ano, por conta de alguns fatores: a cor do cabelo, a roupa e o jeito afeminado.

“Antes de me agredir, ele ameaçou minha amiga com um estilete. Algumas horas depois, pegou a cadeira e jogou em mim. Por pouco, não acertou a professora também”, relembrou. De acordo com o rapaz, o agressor saiu correndo, mas quando percebeu que não haveria reação, voltou para atacá-lo novamente.

E foi nesse momento que uma amiga entrou em contato com a mãe do adolescente, que levou o caso para a polícia. Conforme a empresária de 38 anos, o rapaz estava sentado ao lado do filho fazendo piadinhas com a situação. “Eu olhei e perguntei: ‘Quem você acha que é para bater no filho dos outros?’ E ele disse: ‘Vou te matar, sua piranha’”, disse.

Para a mãe, a agressão está relacionada à homofobia. “Eu não sabia o que estava acontecendo com o meu filho, mas os colegas me contaram que esse garoto ficava chamando ele de “viado seboso”, ressaltou.

Ela argumenta ainda que a escola foi omissa e que até esta sexta-feira (27) não havia entrado em contato com ela. “Quero uma posição do Caseb. Não acho que meu filho tenha que sair, mas ele não vai voltar enquanto o agressor estiver lá. Quero saber qual a providência vão tomar para que ele volte às aulas. Ninguém me ligou para falar do ocorrido e pelo que sei o garoto foi apenas suspenso”, disse.

A cadeirada na cabeça quase provocou um traumatismo craniano. O menino foi para o Instituto Médico Legal (IML) e, depois, seguiu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião. “Ninguém deve ser agredido por roupa, cabelo ou origem. O mundo precisa de mais amor e menos ódio”, finalizou a mãe.

A Secretaria de Educação confirmou o episódio. Em nota, informou que a agressão ocorreu durante o período da aula e a direção da escola acionou os responsáveis, além do Batalhão Escolar, localizado dentro do colégio. O caso será investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). “O agressor foi suspenso por três dias”, assegurou a Pasta.

A ocorrência
O agressor, que também tem 15 anos, responde por ato infracional análogo a injúria, ameaça e lesão corporal. A mãe do menor compareceu à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) para registrar a ocorrência. De acordo com o documento, o rapaz foi liberado após assinatura do Termo de Compromisso.

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