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A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução

Jefferson Ferreira
A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução
Foto: Divulgação

A indústria musical tem trazido discussões interessantes ao movimento Negro nas últimas décadas. Felizmente, muitos artistas negros lutam contra a opressão da indústria para mostrar ao mundo que a voz negra cantando em prol de seu movimento é algo interessante para se ouvir. Assim como um dia foi Nina Simone, hoje são pessoas como Beyoncé e Kendrick Lamar que usam sua voz e prestígio para dizer ao mundo que vidas negras importam.

A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução

Na cena Hollywoodiana, que também vem demonstrando certo “carisma” à militância política, não esquecemos do espetáculo de “Moonlight” que se propôs discutir a vida de um negro gay. O Fato inédito lhe rendeu filme do ano no Oscar na premiação de 2017, e não podemos esquecer a representatividade de Estrelas Além do tempo que narra a vida de mulheres negras esquecidas pela história, e “Fences” com a incrível Viola Davis que venceu um Oscar pela atuação maravilhosa no filme e trazendo a vivência da mulher negra.

A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução

A Netflix apresenta a série “Orange Is The New Black”, que vai além do retrato das opressões diárias, a trama traz vivências de detentas em um presídio chamado litchfield, um cenário que aborda a truculência policial nos presídios femininos, estupro, racismo, transfobia e lésbofobia e a falta de direitos humanos em prisões, ao qual consigamos entender um pouco mais assistindo a “13° Emenda”, que aborda a criminalização da população negra e pobre e as privatizações dos presídios como uma forma de lucro, sendo este o interesse que, baseado no racismo, lota presídios com tendo como desculpa a guerra as drogas e toda a banalização que já conhecemos. “Empire”, uma série inteiramente sobre a cultura negra também trás discussões ótimas sobre sexualidade e racismo e apesar das ressalvas, é uma ótima série no quesito representatividade!

A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução

Caminhando nesse sentido, “Dear White People” traz toda complexidade de uma das discussões mais presentes e necessárias da nossa contemporaneidade: A série, também do canal de streamings Netflix, aborda o racismo por si só, ela mostra diversas vertentes da discriminação muitas vezes invisibilizada, como por exemplo, a solidão da mulher negra, o colorismo, o negro gay, a violência policial e o privilégio branco, além de muitos outros temas que se enquadram perfeitamente no contexto Americano e de todo o mundo, trazendo discussões como a cultura negra e a sátira é claro, do racismo inverso.

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Supostamente, o empreendimento da Netflix, “Dear White People”, é uma série esquecida. Assim como foi Nina Simone. E isso, só nos faz acreditar ainda mais na importância dessas discussões em filmes, séries e na musica, e sobre toda a representatividade que pedimos cada vez mais, para que a militância negra LGBT transcenda os limites da ficção e seja ferramenta para nossa sobrevivência.

E assim como disse Ângela Davis: “Nós Acreditamos que o povo negro não será livre enquanto não formos capazes de determinar nosso próprio destino”.

A era da representatividade: A música e a indústria Cinematográfica como ferramenta de desconstrução

Escrito por Jefferson Ferreira – Editor e Redator do Menino Gay

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