Após agressões homofóbicas, Jean Wyllys cospe em Jair Bolsonaro
Foto: Diego Vara / Agência O Globo
Flagrante do momento em que Jean Wyllys cospe em Bolsonaro como resposta dos ataques homofóbicos.
O deputado Jean Wyllys do PSOL votou não ao impeachment e disse em seu discurso que está “constrangido de participar de uma farsa conduzida por um ladrão e apoiada por torturadores e analfabetos políticos”.
Jean foi insultado, aos gritos de “veado”, “queima-rosca”, “boiola” e outras ofensas homofóbicas partida de Bolsonaro, que tentou agarrar o braço violentamente do deputado do PSOL.
Ele admitiu o ato, em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, e ainda disse que o faria “quantas vezes” fosse necessário.
“Nós estamos numa votação. Eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero. Durante toda a votação eu não intervi no voto de ninguém. Não fui lá insultar ninguém. E, na hora que fui votar, esse canalha veio me insultar na saída e tentar agarrar meu braço, ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando vi o insulto, devolvi cuspindo na cara dele, que é o que ele merece”. Sobre enfrentar processo disciplinar na Câmara, ele disse que não está preocupado.
“Não temo enfrentar processo não. Processo tem de enfrentar quem é racista, quem é machista, quem provoca a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra (Bolsonaro fez essa defesa em seu voto a favor do impeachment), um torturador, quem defende a tortura neste país. Isso deveria escandalizar vocês, não um cuspe na cara de um canalha”, afirmou o deputado.
Em um vídeo divulgado pelo EXTRA com a visão de cima do plenário, na qual Jean passa pelo meio dos deputados. É possível ver Bolsonaro provocando o parlamentar. Assista: