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Dono de 4 ouros, Louganis conta em filme como assumiu ser gay e portador do HIV

Do Gay1

Foto: Getty Images

Greg Louganis conta tudo em sua cinebiografia.

O americano Greg Louganis é o maior atleta dos saltos ornamentais de todos os tempos. Dono de quatro ouros olímpicos e várias outros títulos ele rompeu barreiras também ao anunciar ao mundo ser gay e portador do vírus HIV. A coragem o tornou um símbolo e ele virou tema do filme “Rompendo barreiras” em que conta a história de sua vida. Aos 55 anos, Louganis deu entrevista ao Esporte Espetacular, da TV Globo, e falou sobre as dificuldades que superou como a dislexia, os confrontos com o pai adotivo que o obrigava a treinar de forma obsessiva, depressão na adolescência, a dificuldade em assumir sua sexualidade e o acidente que sofreu nos Jogos de Seul-1988 quando bateu com a cabeça na plataforma e sangrou em público.

“Eu acredito que deus nunca dá mais do que você consegue suportar. Você aprende a entender as pessoas e aceitar as situações abusivas, um diagnóstico devastador de HIV e muitas outras coisas” diz Greg Louganis.

Louganis tem 47 títulos nos Estados Unidos, cinco mundiais, cinco medalhas olímpicas, sendo uma prata (Montreal 1976) e quatro ouros (dois em Los Angeles 1984, dois em Seul 1988). Foi na Califórnia, conhecido pela liberdade, que o saltador foi adotado aos nove meses de idade. Diagnosticado com dislexia, dificuldade para ler e escrever, ele passou uma infância cheia de conflitos com o pai adotivo. Tudo isso é mostrado no filme que conta sua vida em cenas chocantes em que se vê claramente a personalidade agressiva e controladora do pai, que obrigava Greg a treinar sem parar.

Foto: Divulgação/Luciana Demichelli

Louganis conversou com o Esporte Espetacular.

Na sua cinebiografia, Greg fala abertamente sobre um dos momentos mais difíceis da vida dele. Seis meses antes dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, ele recebeu a noticia devastadora que era portador do vírus HIV.

Depois de encerrar a carreira, Louganis se reaproximou do pai, que estava com câncer nas ultimas seis semanas de vida, foi Greg quem esteve ao lado daquele que talvez tenha sido o maior responsável pela carreira vitoriosa do filho.

“Nós nunca nos demos muito bem, mas quando ele foi diagnosticado com câncer em 1989, eu falei para ele sobre o HIV positivo e começou uma relação. Tivemos uma conversa importante, honesta um com o outro. Foi uma cura. Nas últimas semanas, quando eu estava cuidando dele, ele falou coisas que nunca tinha falado” conta.

Era uma vez uma história de dislexia, preconceito, superação, dor e glória. A história do herói olímpico Greg Louganis.

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