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Taxista hetero é preso suspeito de matar travesti atropelada em Goiânia

Por Sílvio Túlio

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Carro que idoso usou no crime também foi apreendido pela polícia.

Um taxista aposentado de 72 anos foi preso por matar uma travesti, de 23, atropelada, na Rua Aquidelbrando, no Bairro São Francisco, em Goiânia. O crime ocorreu em junho do ano passado. Segundo a Polícia Civil, o idoso procurou a vítima para fazer um programa, mas acabou desistindo e teve uma corrente roubada. Câmeras de segurança flagraram a discussão entre os dois, minutos antes do atropelamento.

Segundo a polícia, o idoso chega em seu veículo particular – um VW Polo prata – e abordou a travesti. Após uma conversa rápida, ela entra no carro, mas as imagens mostram a travesti saindo logo em seguida. “Ele [idoso] disse em depoimento que desistiu do programa quando descobriu que não se tratava de uma mulher”, revela o delegado Matheus Melo, adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) e responsável pelo caso.

Antes de sair do veículo, a vítima arrancou a joia que o taxista usava. Já do lado de fora, ela também jogou algumas pedras no automóvel. A gravação termina quando a travesti anda pela calçada e é perseguida pelo veículo. De acordo com a polícia, logo em seguida, ela foi atropelada. O delegado afirmou que após o crime, o idoso desceu do veículo, pegou o cordão e foi embora. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

Demora
O taxista foi detido na sexta-feira (24), na casa onde mora, no Setor Vila Regina, em Goiânia. No local, a polícia também apreendeu uma arma sem registro, além do veículo usado no crime.

“A gente demorou um pouco a efetuar a prisão porque no dia do crime as imagens não captaram a placa do carro, e as testemunhas não conseguiram identificar o autor. Depois, tivemos uma denúncia anônima de que ele seria o autor do crime e começamos a apurar”, pondera.

Na delegacia, o homem alegou que a vítima se atirou na frente do carro. Casado e pai de dois filhos, ele está detido em uma cela da DIH à disposição da Justiça.

O suspeito já respondeu a um processo por homicídio, mas foi inocentado. Curiosamente, em maio de 2012, na mesma rua onde ocorreu o homicídio, ele alega ter sido assaltado por outra travesti.

O homem deve ser indiciado por homicídio doloso e por posse ilegal de armas. Se condenado, pode pegar de 7 a 19 anos de prisão.

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